terça-feira, 28 de abril de 2009

O Abocanhado

Na semana passada fomos ao Gerês e após uma excelente refeição no "O Abocanhado" pareceu-nos bem criar uma categoria dedicada aos restaurantes e tascos por onde vamos passando. Enquanto andávamos à procura deste restaurante, recomendado pelos empregados da Quinta do Esquilo, perguntei-me várias vezes quem é que põe o nome de "abocanhado" a um restaurante e só depois de consultar a página deles é que percebi! Para quem não sabe aqui vai o significado de abocanhado...

Abocanhado - diz-se do tempo que se alivia em dias de chuva; fazer bocanho.
Bocanho - aberta em dias de chuva

Ora o nome não podia ser mais perfeito. Chegámos ao restaurante que nem D. Sebastião, completamente cobertos pelo nevoeiro e pela chuva miudinha, a meio do almoço o tempo começou a aliviar e aí já foi possível ver para além do casal que partilhava a sala de jantar connosco.

No que à comida diz respeito, para entrada escolhemos alheira (que estava de bradar aos céus) com couve e laranja, seguiu-se posta barrosã e costeletão à Serra Amarela e terminámos divinamente com pudim de ovos e requeijão com doce de abóbora.

Agora as informações úteis... o restaurante fica em Brufe, Terras de Bouro e as coordenadas de GPS são: longitude 8º 14' 22.22'' W, latitude 41º 45' 51.46'' N, o que corresponde a um sítio no meio do nada entre a vila de Terras de Bouro e a barragem de Vilarinho das Furnas! Durante o Verão é preciso reservar mesa e o preço da refeição anda à volta dos 25€ por pessoa. Ah!... antes de te fazeres à estrada consulta na página deles os dias em que estão abertos, para não correres o risco de dares com o nariz na porta.

domingo, 19 de abril de 2009

Lua-de-mel em Itália

Já lá vão dois meses desde a nossa maravilhosa lua-de-mel por terras italianas e é com saudades que recordamos esses dias cansativos, mas felizes! Aqui ficam as nossas sugestões...

Roma
Pizzeria Bella Napoli 2, Viale Giulio Cesare 120 (na zona do Vaticano)
Típico restaurante italiano. Boas saladas, boas pizzas e muita simpatia. Só é pena também ser um bocadinho barulhento, mas se assim não fosse, também não seria verdadeiramente italiano. Depois de pagarmos 20€ pelo almoço estávamos prontos para voltar para o Vaticano e ir visitar a Basílica de São Pedro.
La Familia, Via Gaeta 66 (perto da estação de Termini)
Depois dum último gelado na cidade de Roma, junto à Piazza di Spagna, foi também tempo da última refeição. Eu comi o melhor spaghetti alla vongole da minha vida e só foi pena não ter pãozinho português para molhar. A massa era fresca e além das ameijoas também tinha mexilhões. O Miguel deliciou-se com uma porchetta, carne de porco assado com batatinhas assadas, e terminou a refeição com um montblanc, uma espécie de natas do céu mas com chocolate. A refeição foi maravilhosa e no total pagámos 32€, o que para um jantar em Itália não é mesmo nada mau.

Milão
Pierrot, Via Giuseppe Ripamonti, 21 (na zona da Porta Romana)
Fomos duas vezes a este pequeno restaurante. Démos com ele enquanto andávamos às voltas à procura dum sítio perto do hotel onde pudessemos ter um jantar calmo e reconfortante, para compensar do fim de dia atribulado. Na segunda vez, fomos lá para experimentar a pizza de 4 queijos, depois de termos passado a manhã a vaguear por um mercado de rua, situado mesmo em frente ao hotel, que tinha de tudo: legumes, carne, peixe, marisco e até mesmo novelos de lã... Temos pena de não ter fotos deste mercado magnifico e muito bem frequentado por senhoras já de certa idade, que passeavam os seus animais de estimação, leia-se, "lulus" e casacos de peles!lol
Tre Gazelle, Corso Vitorio Emanuele II (por trás do Duomo)
É "a" gelataria em Milão! Quando entrámos nesta gelataria ficámos um bocado desorientados com a quantidade de sabores, mas logo nos decidimos por sabores clássicos como fragola (morango) e nocciola (avelã). Depois duma visita ao Duomo, nada sabe melhor do que descansar no seu interior enquanto saboreamos um delicioso gelado artesanal e apreciamos a sua decoração. Pagámos 12€ pelos gelados.

Verona
Esta foi a única cidade onde só estivemos um dia e onde também não comemos fora. Ficámos em casa do A., um amigo da minha tia que vive em Itália, a quem estamos muito agradecidos por nos ter mostrado a cidade de uma ponta à outra e pelo trabalho que teve a fazer o jantar. Passámos uma excelente noite na sua companhia e a comida caseira soube-nos às mil maravilhas. Maravilhoso foi também o gelado que comemos vindo duma gelataria perto da Arena.

Veneza
Muro, Pizza & Cucina, Campiello dello Spezier, Santa Croce (perto da igreja Santa Maria Mater Domini)
Quando vimos esta pizzaria, vindos da Praça de São Marcos, foi amor à primeira vista e decidimos que era ali que íamos jantar na 2a feira de Carnaval! Esta pizzaria cosmopolita só tem um problema, mesmo com o nome da rua e mesmo já tendo passado no sítio, não é nada fácil dar com ela. Mas isto não é culpa da pizzaria, mas sim uma característica de Veneza. Por isso o nosso conselho é que quando virem um sítio que gostem, não esperem para ir lá noutro dia, pois correm o risco de não conseguir dar com ele... Para não variar muito, comemos pizza e terminámos a refeição com uma magnífica tábua de queijos com compotas. A nível de preços este foi o sítio mais puxado onde fomos, pagámos 50€.

Florença
Andrea Bianchini, La Bottega del Cioccolato Firenze, Via de Macci 50 (para os lados de Santa Croce)
Tenho de admitir que se não fosse a determinação do Miguel para encontrar uma loja de pesca em Itália, nunca teríamos dado com esta chocolataria. Também é verdade que à conta desta sua vontade andámos uma tarde inteira para trás e para a frente em Veneza, a tentar descobrir uma loja que ninguém conhecia e para chegar ao endereço e a loja ter fechado, tempos antes, para todo o sempre. Mas voltando à chocolataria. A loja é pequenina e elegante, podendo passar despercebida aos olhares menos atentos e o seu chocolateiro, Andrea Bianchini, ganhou variadíssimos prémios e é considerado um dos melhores chocolateiros de Itália. E os chocolates? Bem, são suaves, delicados e o seu sabor dura horas, sendo que o difícil é mesmo escolher por onde começar a provar. Eu experimentei o bombom de violeta e limão e o Miguel provou um de rum e ficámos apaixonados. 65€ depois voltámos para o hotel, felizes e contentes da nossa vida, com duas sacas cheias de chocolate, para mais tarde saborear e ofertar. A melhor opção é trazeres as caixinhas sortidas, com vários tamanhos à escolha e não podes perder as tabletes, sendo que a de chocolate de leite e flor de sal é qualquer coisa do outro mundo! O chocolate desfaz-se lentamente na boca e de vez em quando és surpreendido pelas pedras de flor de sal, que contrastam com a doçura do chocolate... Humm...que saudades!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Risotto de Queijo da Ilha

Depois do nosso passeio por Itália fiquei fã de risotto ("Sou FÃÃÃÃÃÃÃÃ!!") e por isso aqui está a primeira receita de risotto mas com um sabor português. A receita original era com queijo parmesão, mas como tinhamos queijo da ilha no frigorífico decidimos experimentar. Para acompanhar o risotto (sim porque nós portugueses somos uns seres muito estranhos e gostamos de morder qualquer coisa com o arroz) podem fazer frango estufado.

- 1,5 litros de água

- 2 cubos de caldo e galinha

- 2 colheres (de sopa) de azeite

- 1 cebola grande

- 2 dentes de alho

- 300 g de arroz para rissoto

- 2 copos de vinho

- sal

- 50 g de manteiga

- 100 g de queijo da ilha, ralado na hora

1. Aquece o caldo (colocar a água a ferver com os cubos de caldo de galinha). Põe o azeite numa panela, junta a cebola e o alho picado e refoga lentamente. Quando começarem a alourar, junta o arroz e aumenta o lume, mexendo sempre. Quando o arroz começar a ficar translúcido rega com o vinho branco e continua a mexer.

2. Depois do vinho se ter embebido no arroz, junta a primeira concha de caldo quente e uma pitada de sal. Baixa o lume para o arroz não cozer rapidamente. Continua a juntar caldo ao arroz, mexendo bem e deixando absorver o caldo completamente antes de deitares a concha seguinte.

3. Quando o arroz estiver cozido e tiver absorvido todo o liquido, retira do lume e junta a manteiga e o queijo da ilha ralado. Mexe bem. Tapa a panela e deixa repousar durante 2 minutos.

4. Distribui o arroz pelos pratos de servir e come-o imediatamente.