terça-feira, 17 de novembro de 2009

Abóbora com Pepitas de Chocolate

Esta sobremesa teve um parto difícil. A ideia inicial era serem bocados de abóbora "marinadas" em açúcar e canela servidos com nozes caramelizadas por cima. Mas depois comecei a pensar e cheguei à conclusão que a combinação abóbora/ canela/ nozes já está mais do que vista e todos já sabemos que funciona e por isso decidi aventurar-me em novas combinações. E ainda bem que assim foi porque estes bocadinhos de abóbora surpreenderam-nos muito. Só foi pena a calda ter passado o ponto. Tenho sempre este problema, nunca consigo acertar com o ponto, mas para a próxima pode ser que fique melhor. O Miguel acha que temos de experimentar estes bocados só que em versão de tarte, com massa folhada. No final, como sobraram muitos bocados de abóbora, voltaram todos para o tacho e foram passados com a varinha mágica para dar origem a um doce.

Para 6 pessoas

- 1 kg de abóbora

- 500 g de açúcar

- sumo de 2 tangerinas (ou de uma laranja)

- 1 c. de sopa de pudim de baunilha

- pepitas de chocolate

1. Descasca a abóbora, limpa-a de sementes e corta-a em cubos. Coloca numa panela larga. Adiciona o açúcar, o pudim de baunilha e o sumo de tangerina. Tapa e deixa marinar durante a noite ou durante pelo menos 6 horas, para a abóbora largar água e assim já não precisas de adicionar água (estamos em tempo de poupar e assim a abóbora fica mais saborosa).

2. Leva a panela a lume médio e vai mexendo sempre. Quando as abóboras tiverem macias retira-as para o prato de servir, mantendo a panela ao lume. Vai mexendo a calda até esta atingir o ponto desejado (gostava de poder dar uma indicação do tempo, mas não faço ideia. Eu deixei estar durante 1h30, mas devia ter ficado menos tempo, portanto é ir vendo).

3. Rega os cubos de abóbora com a calda e espalha as pepitas de chocolate por cima. Deixa arrefecer ligeiramente e serve.

domingo, 15 de novembro de 2009

Tarte de Banana e Maçã

A blue cooking de Outubro trazia um artigo dedicado aos papelotes. Os "papillote sobremesa" lembraram-me logo uns folhados de banana e canela que uma rapariga costumava fazer num café perto de nossa casa e foi assim que os papelotes se transformaram numa tarte rápida e divinal, que serviu de lanche neste domingo chuvoso. Como bónus ainda ficámos com um cheiro fantástico na casa.

Para 4 pessoas

- 2 bananas

- 1 maçã e meia descascada

- 2 c. de sopa de açúcar amarelo

- 1 c. de sopa de canela em pó

- 1 base de massa folhada

1. Pré-aquece o forno a 200ºC.

2. Estende a base de massa folhada e pica-a com um garfo.

3. Numa taça junta a banana cortada em rodelas, a maçã cortada em cubos, o açúcar e a canela. Mistura bem os ingredientes. Espalha esta mistura no meio da base de massa folhada e vira o que sobra da massa para cima da mistura.

4. Leva ao forno pré-aquecido durante 20 minutos. Serve ainda quente com uma bola de gelado de baunilha.


Jantares Desastre

Quando iniciamos este blog o nosso objectivo era colocar aqui todas as receitas que nos gostamos, por isso todas as experiências que correm mal não vem aqui parar. Isto não quer dizer que de vez em quando não aconteçam uns desastres na cozinha. Hoje ao ler um capítulo do livro "Julie&Julia" onde ela descreve dois jantares que não correram como planeado, não conseguia deixar de pensar em dois jantares onde nos aconteceu mais ou menos o mesmo.

O primeiro já foi há uns anos e o objectivo era fazer uma torta de ervas aromátias, sendo esta a minha primeira aventura no mundo da comida vegetariana. 15 minutos antes da minha famelga chegar para o petisco concluímos que a tarte estava uma valente "porcaria" e que a pasta de ervas estava era boa para ir para o lixo. Era hora de improvisar e de ver o que havia no congelador... Por sorte ainda tinhamos uma saca das famosas ameijoas do meu pai e ninguém se lembrou que tinham sido convidados para um prato vegetariano. Aliás, acho que bem lá no fundo alguns elementos da família devem ter agradecido o fracasso da torta.

O segundo foi uma experiência mais recente. No meu aniversário fui presenteada com um cabaz gourmet. Do cabaz constava pasta de tinta de choco, pasta de algas, molho mexicano, vinagreta de trufas e uma casca de ouriço. Combinei logo com a E. e o C. que ia procurar receitas para a pasta de tinta de choco e que depois combinava um jantar para experimentarmos. Fiz algumas pesquisas na internet e também nos meus livros de receita e acabei por me decidir pela receita que tinha num livro de massas italianas, já que são eles os especialistas no que a massas diz respeito. Mais tarde a escolha veio a revelar-se nada feliz!

No dia marcado desafiei o B. e a M. para jantarem connosco, na condição de levarem um pacote de pasta de tinta de choco. Eles aceitaram o desafio e lá foram comprar a massa enquanto eu fui começar a fazer o jantar. Comecei por fazer um caldo com água, limão, malagueta, cebola, alho e azeite, que ia ser usado para cozer os vários mariscos e no fim era aproveitado para cozer a massa. Aparentemente tudo corria bem e já todos nos íamos deliciando com uns mini-hamburgueres com molho mexicano, quando chegou a altura de por a massa a cozer. Na versão italiana indicavam que eram precisos 3 minutos para a cozedura, já na versão traduzida eram necessários 6... Optámos por ir experimentando e quando achássemos que estava boa escorriamos e misturávamos com os frutos do mar, só que distrai-me com a conversa e a massa acabou por ficar para lá de cozida, já para não falar na quantidade (parecia que ia ter um batalhão em casa para jantar). Primeira garfada à boca e desilusão total! Os frutos não tinham nenhum molho e por isso os sabores não se misturaram, tendo ficado desenxabido. O que nos valeu foram os mini-hamburgueres e a companhia, que foram a salvação do jantar. Ficou a promessa de uma nova tentativa...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Risotto de Abóbora com Bacon

Ora o Miguel não é muito dado à comida vegetariana, para ele a comida tem de ter "chicha", ou então não é comida. Eu andava a querer experimentar risotto com abóbora há muito tempo, mas já sabia que para o convencer a fazer o risotto tinha que lá ter mais qualquer coisa e não podia ser cogumelos... Foi então que fui dar ao site de um rapaz irlandês de avental e com um ar simpático e que tinha lá esta receita. Trocámos a salva da receita original por tomilho-limão, mas só porque era o que tinhamos em casa e o parmesão por queijo da ilha, pois é um produto nacional. Também podes optar por usar salsa em vez do tomilho, mas aí mistura-a picada só no final do risotto e junta sumo de limão antes de acrescentares a abóbora. No final a receita lá agradou aos dois!

Para 4 pessoas

- 850 g de abóbora

- tomilho-limão

- alho em pó

- 4 c. sopa de azeite

- 8 fatias de bacon

- 1 litro de caldo de galinha

- 150 g de manteiga

- 1 cebola picada

- 300 g de arroz para risotto

- 1 copo de vinho branco

- queijo da ilha ralado

1. Pré-aquece o forno a 200ºC.

2. Descasca a abóbora e corta-a em fatias. Coloca a abóbora num tabuleiro de forno com o alho em pó e o tomilho-limão. Rega com um pouco de azeite. Cobre com papel de alumínio e leva ao forno.

3. Passados 30 minutos retira o tabuleiro do forno, coloca o bacon por cima da abóbora e leva novamente ao forno e assa por mais 10 minutos ou até o bacon estar tostado.

4. Derrete a manteiga numa panela e refoga a cebola até estar translúcida. Adiciona o arroz e mexe bem até estar transparente. Junta o vinho e mexe até este ter evaporado. Adiciona o caldo e vai mexendo sempre. Adiciona a abóbora e o queijo da ilha e mexe.

5. Serve imediatamente com a fatia de bacon por cima.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Esparguete com Cogumelos do Campo

O Miguel foi ao campo apanhar cogumelos para o seu amor... para mim, portanto!

Actualmente já existe uma grande abundância e variedade de cogumelos disponíveis nos supermercados, desde secos, frescos, enlatados... A maneira como são cozinhados também é muito diversa, servindo como entrada, sopa ou prato principal. Antigamente tinha a mania que não conseguia comer cogumelos frescos e agora que os provei já não consigo tocar nos enlatados! Manias... Se quiseres saber mais sobre estes fungos maravilhosos podes ir até aqui, onde vais encontrar "n" informação, desde o que são, onde se encontram e como os preservar.
A inspiração para este prato veio do livro "Frescos Sabores" da Michele Cranston e dos livros do Jamie Oliver. É um prato rápido e com muito sabor, mas o Miguel é óbvio que achou que faltava uma carninha!

- 3 c. sopa de azeite
- 2 dentes de alho laminados
- 1 cebola picada
- 4 cogumelos do campo cortados em fatias finas
- 1/2 c. de chá de folhas de tomilho-limão
- 1 copo de vinho branco
- 1 folha de louro
- sal
- 400 g de esparguete
- queijo da ilha ralado
- salsa e manjericão picado

1. Aquece o azeite e refoga o alho e a cebola em lume médio até ficarem dourados. Adiciona os cogumelos à cebola, juntamente com o tomilho-limão. Deixa ferver um pouco e adiciona o vinho branco e o louro. Tempera com sal e reduz o lume.

2. Coze o esparguete al dente, escorre-o e volta a colocá-lo na panela quente. Adiciona o queijo da ilha, a salsa e o manjericão e mistura.

3. Distribui o esparguete por quatro taças e cobre-o com o molho de cogumelos.