segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Papa de Banana, Bolacha e Laranja

Estamos em época natalícia, altura em que desejamos a todos momentos passados com muita paz, amor, alegria, saúde e, como não podia deixar de ser, muitas prendas no sapatinho. O Pai Natal não se esqueceu de nós e trouxe-nos muitas coisas boas para usarmos em futuras criações na nossa cozinha, mas contemplou-me com um presente completamente desnecessário, uma amigdalite! E, a avaliar pela quantidade de pessoas que ontem se encontravam no hospital, não fui a única a receber tão extraordinária prenda. Por isso, lembrei-me de postar algo que ajude nas melhoras de todos os que se encontram doentes nesta época de festas.

Desde que existo que os meus avós fazem esta espécie de papa sempre que uma das netas se encontra doente. A papa que vêem na foto foi-me trazida hoje pela minha avó juntamente com uns rebuçados Dr. Bayard. A senhora acredita que esta mistura ajuda mais na minha recuperação do que a "farmácia" que neste momento me acompanha. Portanto, se tens algum ente querido que se encontre doente presenteia-o com esta mistura e vais ver que ele fica bom num abrir e fechar de olhos!

Para 1 doente
- 2 bananas
- sumo de 1 laranja
- 4 a 6 bolachas torradas
- canela em pó (opcional)

Corta a banana às rodelas para um prato. Adiciona as bolachas grosseiramente partidas e o sumo de laranja. Com um garfo esmaga a banana e a bolacha até obteres uma espécie de papa. Se quiseres dar-lhe um toque de Natal, finaliza com um pouco de canela em pó.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Bolo de Laranja

O bolo de hoje é para um grupo de senhoras exemplar!

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas.
Um dia vou construir um castelo."

Fernando Pessoa

Continuem a ser as autoras da vossa história...

Para 12 pessoas
- 5 ovos
- 250 g de açúcar baunilhado
- 250 g de manteiga derreitda
- 300 ml de sumo de laranja (200 ml + 100 ml)
- 250 g de farinha

1. Pré-aquece o forno a 190ºC e unta uma forma rectangular.

2. Numa taça bate os ovos com o açúcar baunilhado. Adiciona a manteiga e 200 ml de sumo de laranja, batendo bem. Junta a farinha e envolve bem os ingredientes. Verte a mistura para a forma rectangular e leva ao forno durante 25 minutos ou até um palito sair seco.

3. Rega o bolo ainda quente com o restante sumo de laranja açúcarado a gosto. Quando estiver frio desenforma o bolo e corta em fatias. Decora as fatias com chantilly e bagos de romã.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Niepoort LBV 2005

Nestas tardes e noites frias de Outono, nada sabe melhor do que estar em casa a ouvir a chuva a cair lá fora. O cenário outonal melhora muito se nos fizermos acompanhar por uns chocolatitos e um bom vinho do Porto, como é o caso deste LBV que trouxemos do almoço em S. Martinho do Porto.
Para quem é apreciador de vinho esta tradição de magusto da família da Sara é o Céu! Todos os anos assistimos a um desfile de vinhos, cuidadosamente escolhidos pelo J.P., que termina sempre com um fabuloso vinho do Porto, a acompanhar os pasteis de tentugal, os doces levados de Aveiro e as castanhas assadas. Este ano as honras finais couberam a este néctar da Niepoort, que tivemos o prazer de "provar" repetidas vezes.

No final, a segunda garrafa ficou a meio e nós fomos os felizes contemplados para a trazer para casa. Este vinho é delicado, de cor rubi intensa, com predomínio dos frutos negros e com um toque de chocolate, o que faz com que vá muito bem com qualquer coisa que envolva chocolate amargo de qualidade.

É sem dúvida mais um grande Porto, para abrires em qualquer altura que precises de impressionar alguém e com a garantia de que não vais fazer má figura!

Produzido em: Cima Corgo
Região: Douro
Tipo: Vinho do Porto
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinto Cão, Tinta Francisca, Tinta Amarela, Sousão, Tinta Roriz

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Romã e Mascarpone com Almendrados

Não fora o trabalho que dá separar os bagos das romãs, provavelmente a romã seria a minha fruta favorita. Gosto da cor das suas bagas, gosto da frescura que explode dentro da boca quando as trincamos e também gosto do atrevimento que as bagas dão a esta sobremesa.

O creme é perfeito e no meio do mascarpone espreitam pequenos rubis que chamam por nós e que nos segredam ao ouvido "Saboreia-me devagar..." e nos fazem crescer água na boca. Outra coisa que me agrada nesta sobremesa é o contraste entre a leveza do creme e a intensidade dos almendrados. Não tenham medo, experimentem e vão ver que não se vão arrepender...

Para 6 pessoas
- 1 embalagem (250 g) de mascarpone
- 1 pacote (200 ml) de natas frescas
- 4 c. sopa de açúcar baunilhado
- bagas de 1 romã + 1/2 para enfeitar
- 250 g de almendrados
- 6 c. de sobremesa de geleia de marmelo

1. Bate bem as natas. Adiciona o mascarpone e o açúcar baunilhado. Mistura bem até obteres um creme homogéneo. Junta as bagas da romã e envolve bem na mistura anterior. Leva ao frigorífico até à hora de servires.

2. Na hora de servir distribui metade dos almendrados, grosseiramente partidos, por taças ou por copos individuais. Faz camadas alternadas de almendrados e de creme. Termina com uma camada geleia de marmelo e de bagas de romã. Serve fresco com mais almendrados inteiros.

domingo, 14 de novembro de 2010

Mercado da Fruta das Caldas da Rainha

Por altura do São Martinho a minha família vai toda até São Martinho do Porto para um almoço, onde não falta o cozido à portuguesa, bom vinho, caramujos, ovos moles e castanhas assadas. Este ano fomos com os meus pais um bocado mais cedo para antes do almoço irmos às Caldas da Rainha, ao Mercado da Fruta.

Na Praça da República das Caldas, realiza-se todas as manhãs um mercado ao ar livre onde vais encontrar agricultores a venderem fruta, legumes e flores, mas também queijo, pão, cerâmica e cestos em verga. Como estamos em tempo de magusto também havia castanhas assadas, onde não faltava um copinho de vinho de mesa para acompanhar.

Os produtos frescos e cheios de sabor, como a fruta saborosa que encontramos na região do Oeste, podem fazer toda a diferença numa receita. A minha ideia era dar uma primeira volta a ver o que havia para venda e depois decidir o que levar numa segunda volta, só que o meu pai começou a ficar impaciente e com pressa e já não houve segunda volta para ninguém...
Saimos de lá com uma mão-cheia de ingredientes magníficos para futuras experiências culinárias. Trouxemos clementinas para repetir o doce de abóbora de Natal que fizemos no ano passado e umas malaguetas, em forma de sino, para fazer uma entrada com requeijão. As malaguetas foram compradas numa pequena banca de agricultura biológica, com umas cores... Deu-me vontade de comprar de tudo, mas como sei que actualmente o tempo para cozinhar não é muito, tive de resistir à tentação de comprar a banca toda à rapariga. Também comprámos batata branca pequenina para fazer batata a murro um dia destes.

Gostei muito de voltar a esta praça e morro de inveja dos caldenses, que podem usufruir dela todos os dias, percorrendo a calçada portuguesa à procura dos ingredientes certos para as suas refeições. Tenho pena de em Aveiro não existir nenhum mercado deste género, já que nós adoramos vaguear pelos mercados, no meio do cheiro a fruta, da cor intensa dos legumes e das pessoas... Os mercados de rua, como este, são um património cultural que nunca se devia perder, por serem sítios onde só de olharmos para os produtos poisados nas bancas, seja fruta ou peixe, nos cresce água na boca e que dão vida às cidades!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Trifle de Maracujá

Finalmente chegou o dia... Hoje festejamos o nosso post 100 e, nem de propósito,  foi também o dia em que a P. me entregou os chocolates que pedi para nos trazer de Florença. Digam lá, há melhor maneira de festejar do que com chocolate, enquanto admiramos a "obra" feita?!?!... 

Olhando para trás, vemos que foi uma longa caminhada, cheia de aprendizagens. A coisa mais importante que aprendemos, foi mesmo a maneira de partilharmos os dois a cozinha. Não foi fácil, mas chegámos lá! Aprendemos que os pratos nem sempre correm como nós queremos e que lidar com os fracassos culinários faz parte da viagem. A par disso aprendi a melhor maneira de fotografar os pratos, respeitando os limites da nossa máquina fotográfica, uma Olympus FE115, fui descobrindo os melhores spots fotográficos, de acordo com a hora do dia e também as condições de luz disponíveis, aprendi que é melhor experimentar receitas novas ao almoço, que é quando ainda temos luz natural e que nisto de blogs de comida é melhor fazer sobremesas, pois dá para fazer para o jantar dum dia e fotografar no dia seguinte, basta deixar uma porção de lado ou então rezar para que sobre qualquer coisita para a sessão fotográfica...

Para assinalar este marco tão importante, fiz algo que já não fazia há muitos anos e que foi a primeira coisa que confeccionei em toda a minha vida, pão-de-ló. Juntei-lhe natas e maracujá e puff!... fez-se Trifle de Maracujá, da Nigella Lawson.
Foi a minha avó R. quem me ensinou a fazer pão-de-ló e, a par de outras coisas que ela me ensinou, a aluna superou a professora. No final fiquei a fazer pão-de-ló muito melhor do que ela e acho que ela levou isso a peito e, por isso, nunca me ensinou a fazer arroz doce...

O pão-de-ló é capaz de ser  a receita mais fácil de se fazer, sendo excelente para pôr os mais novos no meios das formas e de avental. Mas, por favor, não façam como a minha avó que me "obrigava" a bater as claras em castelo à mão. Achava esse trabalho muito estúpido, tendo em conta que alguém se tinha dado ao trabalho de inventar a batedeira eléctrica! Também não gostava nada do salazar, onde é que já se viu eu a ter o trabalho todo a fazer o bolo e a querer ficar com um pouco de massa na taça para rapar e não, vinha o raio do salazar e rapava tudo para dentro da forma. Como era difícil a vida de criança...

Pão-de-Ló

- 6 ovos
- 12 colheres de açúcar
- 6 colheres de farinha

1. Pré-aquece o forno a 190ºC. Unta uma forma (normalmente uso uma forma redonda com buraco no meio, mas para esta receita é mais prático usares a forma do tipo bolo inglês).

2. Separa as claras das gemas e bate as claras em castelo. Mistura as gemas com o açúcar até obteres um creme esbranquiçado. Junta as claras em castelo e envolve bem. Adiciona a farinha e bate até que a massa faça olhinhos (esta parte demorava eternidades quando tinha de fazer tudo sem recurso à batedeira eléctrica).

3. Verte a massa para dentro da forma e leva ao forno durante 45 minutos ou até um palito sair limpo e seco.

Trifle de Maracujá

- 400 g de pão-de-ló
- 125 ml de sumo de laranja
- 500 ml de natas
- 4 c. sopa de açúcar em pó
- 8 maracujás

1. Corta o pão-de-ló em bocados pequenos e distribui metade num prato alto, despeja metade do sumo sobre o bolo. Faz uma segunda camada com o restante bolo e despeja o resto do sumo.

2. Bate as natas com o açúcar em pó, até estarem firmes. Mistura a polpa de dois maracujás e espalha esta mistura para cima do pão-de-ló húmido. Espalha a polpa dos 6 maracujás restantes por cima do creme branco e leva o trifle ao frigorífico até à hora de servires.

domingo, 31 de outubro de 2010

Galette de Abóbora, Cogumelos e Espinafres

Fotografias: Bruno Vaz
Por motivos de agenda festejámos ontem o Halloween, essa grande festa americana, que chegou até nós através dos filmes e das séries americanas. Cá por casa nunca tinhamos festejado o Dia das Bruxas, mas este ano juntámo-nos à I., emigrante recém chegada dos "Estates", para fazer um Halloween mais ou menos como deve ser. 

Para alguns foi uma estreia na arte de esculpir abóboras e para quase todos foi a primeira vez que ouvimos falar no "bolinhos e bolinhós", uma tradição antiga em Coimbra, onde as crianças saiem à rua com caixas de cartão iluminadas, para pedir bolinhos para os defuntos.

Não percebo porque é que fomos importar algo vindo do outro lado do Atlântico, se tinhamos uma tradição parecida aqui tão perto, mas já se sabe que para os portugueses aquilo que vem de fora é que é bom.

É verdade que a mim parece-me mais divertido escavar as abóboras com carantonhas do que fazer cortes em caixas de sapatos, além de que depois de passada a festa podemos aproveitar as abóboras para a sopa, doces ou então galettes...
Se tiveres tempo em vez de salteares os legumes podes assá-los, que ficam mais saboros. Nós optámos por salteá-los porque é mais rápido e estávamos cheios de fome! Esta é uma excelente alternativa às quiches.

Para 2 pessoas
- 1 base massa quebrada
- 2 dentes de alho picados
- 2 c. sopa de azeite
- 2 chávenas de abóbora, cortada em cubos
- 1 chávena de cogumelos, cortados em quartos
- 2 hastes de rosmaninho
- 1 chávena de folhas de espinafres
- sal
- mozzarella ralada

1. Pré-aquece o forno a 180ºC.

2. Num wok, refoga o alho no azeite. Junta a abóbora, os cogumelos e o rosmaninho e salteia durante 5 minutos ou até a água dos legumes evaporar. Retira do lume e adiciona o espinafre. Mistura bem os legumes e espera 3 minutos até os espinafres murcharem.

3. Estende a base de massa quebrada e pica-a com um garfo. Espalha a mistura de legumes no meio da massa e tempera com uma pitada de sal. Polvilha com mozzarela. Dobra as pontas da massa por cima da mistura de legumes e leva ao forno durante 30 minutos.

4. Serve com salada, se desejares.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cannelloni de Frango, Requeijão e Espinafres

Muitas vezes acontece comprar um livro de receitas e durante a primeira semana enchê-lo de post-its a marcar as receitas que tenho mesmo de experimentar nos tempos mais próximos, mas depois demoro eternidades a fazer desaparecer todos os post-its... Esta receita de cannellonis, do livro "Cozinha para quem quer poupar", da Mafalda Pinto Leite, é um bom exemplo disso. Comprei o livro no início do ano passado e quando olho para ele, acho-o muito parecido com uma árvore de Natal, cheio de post-its, de todas as cores e feitios, que aguardam a hora de serem retirados.

Tinha um requeijão no frigorífico e antes que ele se estragasse decidi que era hora de experimentar fazer cannellonis, só tinha de escolher a receita. Claro que não podia perder a oportunidade de mandar um post-it para o lixo...
Para meter maõs à obra faltavam-me os espinafres e a polpa de tomate, que fui comprar ontem ao Sr. Oliveira (mercearia perto de minha casa). É impressionante aquilo que podemos ganhar quando trocamos os supermercados e as grandes superfícies pelas pequenas mercearias do bairro. É verdade que os preços não são tão em conta e não há tanta variedade, mas isso é compensado pela qualidade dos produtos, pela simpatia e proximidade do atendimento e pelas novidades que se vão sabendo.

Para 4 pessoas
- 1 requeijão
- 1/4 de frango assado desfiado
- 45 g de espinafres
- queijo da ilha ralado
- 8 folhas de lasanha de massa fresca
- 1 pacote (pequeno) de polpa de tomate
- manjericão picado
- 1/2 pacote de natas frescas
- mozzarella ralada
- azeite
- sal

1. Pré-aquece o forno a 180ºC.

2. Numa tigela mistura o requeijão com uma pitada de sal e um fio de azeite.

3. Coloca o frango desfiado ao longo da borda da folha de lasanha mais próxima de ti. Espalha os espinafres no resto da folha, deixando uma faixa de 3/4 cm livre no topo da massa. Espalha o requeijão (podes usar as mãos!) por cima dos espinafres e polvilha com queijo da ilha. Com muito cuidado, pega na folha de lasanha, pelo lado que está mais perto de ti, e começa a enrolar, como se fosse uma torta. Repete com as restantes folhas de lasanha, de maneira a obteres oito tubos.

4. Espalha o molho de tomate na base duma assadeira e polvilha com o manjericão. Arranja os tubos para caberem na assadeira, lado a lado. Espalha as natas por cima, rega com um fio de azeite e polvilha com a mozzarella.

5. Leva ao forno e assa por 30 minutos ou até estarem dourados e o queijo tostado. Serve com uma salada, se desejares.

Nota: Este foi o nosso almoço de hoje. Cada um comeu dois cannellonis e os outros quatro foram direitinhos para o congelador (podes guardar até 3 meses). Assim, quando não nos apetecer andar de volta dos tachos ou não tivermos tempo para cozinhar, já temos uma refeição prontíssima!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mascarpone com Iogurte Grego, Frutas e Amêndoa

Já estamos no Outono e os dias frios pareciam ter vindo para ficar, mas hoje lá houve um dia quente que escapou aos primeiros rigores da estação. Vai daí que aproveitámos para fazer a derradeira despedida dos sabores de Verão, com uns morangos que andavam pelo frigorífico, uma meloa que também lá estava esquecida e uns mirtilos.

Esta salada é muito fresca e deve saber ainda melhor quando as frutas estão na época.

Para 8 pessoas
- 1 embalagem (300 g) de mascarpone
- 2 embalagens (250 g) de iogurte grego
- 6 c. de sopa de açúcar baunilhado
- sumo de 1 laranja
- 500 g de morangos
- 200 g de mirtilos
- 1 meloa
- amêndoa laminada q.b.

1. Lava os morangos e retira-lhes o peduncúlo. Corta-os em quartos. Divide a meloa ao meio e retira-lhe as sementes. Arranja a meloa em "bolas" ou então corta-a aos cubos. Mistura todas as frutas e reserva no frigorífico.

2. Mistura o mascarpone com o iogurte grego, o açúcar baunilhado e o sumo de laranja.

3. Coloca a mistura em taças individuais e junta a fruta. Acresecenta a amêndoa e serve de imediato.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Calzone de Requeijão, Cogumelos, Fiambre e Rúcula

Esta é mais uma pizza da blue cooking, só que com duas alterações. Trocámos a ricota pelo requeijão, pois, sempre que é possível, optamos por produtos nacionais e, numa demanda por escolhas mais saudáveis, em vez do fiambre de porco usámos fiambre de peru. Trazer fiambre de peru para casa foi algo arriscado da minha parte já que o Miguel é muito fiel ao porco e, aqui entre nós, um esquisito de primeira, mas, sabem que mais, o rapaz gostou.

Esta é uma boa alternativa a tradicional calzone e é bastante rápida de fazer, já que é só juntar ingredientes crus e tudo o que tens de fazer é esperar que ela saia do forno...

Para 2 pessoas
- 1 base para pizza
- 1/4 de requeijão
- 4 fatias de fiambre de peru ou de frango
- 1/2 chávena de rúcula
- 1/2 chávena de cogumelos laminados
- sal q.b.

1. Pré-aquece o forno a 190ºC.

2. Coloca a massa da pizza num tabuleiro de ir ao forno e pica a massa com um garfo. Em metade da massa coloque o requeijão, o fiambre, a rúcula e os cogumelos. Tempera com um pouco de sal. Fecha a pizza e dobra as pontas formando um rolo em todo o rebordo.

3. Leva ao forno durante cerca de 20 minutos. Serve a calzone acompanhada duma salada.

domingo, 26 de setembro de 2010

Feira das Cebolas

Ontem foi dia de feiras! De manhã fui à feira da Costa Nova e à tarde fiz a minha estreia na Feira das Cebolas, que tem lugar no último sábado de Setembro, na Praça Melo Freitas (a praça ao pé dos Arcos).

A feira pretende recriar a desaparecida Feira das Cebolas realizada no século XIX e começa logo de manhã, terminando quando não houver nada para vender. Por lá vendem-se cebolas em "tranças", mas não só... Usando trajes tradicionais apregoavam-se alhos, couves, abóboras, pimentos, o viagra do século XIX (piri-piri), coelhos e galinhas. Também havia petiscos, arroz doce e brinquedos de madeira para mostrar como se brincava noutros tempos.

Eu comprei meia "trança" de cebolas, meia abóbora e meio quilo de pimentos. Houve um coelho que me fez olhinhos e que eu tive de me conter para não o trazer para casa. Ainda tentei convencer a minha irmã a trazermos o "Óscar" para casa (não me perguntem porquê, mas sempre quis ter em casa um coelho chamado Óscar... pancas) mas ela não foi em cantigas.

A feira é uma excelente iniciativa da Junta de Freguesia da Vera Cruz e mostra-nos como é que era o ambiente das antigas feiras, no tempo em que não havia hipermercados. Faz-nos pensar se não seria melhor voltarmos a esses tempos, quando os populares se concentravam ao ar livre, em vez de nos enfiarmos em centros comerciais de ambiente controlado.

Adorei a experiência e deixo-vos aqui o conselho que me deram, para o ano dêem lá um salto de manhã, que é quando há mais animação e também mais comes e bebes.

sábado, 11 de setembro de 2010

Doce de Amora

No outro domingo fomos até ao campo apanhar amoras. Já não havia muitas nas silvas e as poucas que lá estavam encontravam-se em ramos elevados, onde era quase impossível chegar. Ainda assim deu para trazer amoras suficientes para fazer este doce, que tem uma cor púrpura vibrante!

- 2 chávenas de amoras silvestres
- 1/2 chávena de açúcar
- sumo de 1 limão
- 1 pitada de sal

1. Numa panela coloca as amoras, o açúcar, o sumo de limão e o sal. Reserva durante 1 hora.

2. Leva a panela ao lume durante 1 hora. Enquanto as amoras forem cozinhando vai esmagando com a ajuda de um garfo. Quando o doce estiver no ponto desejado retira do lume e passa para frascos esterelizados.

Dica: Para encher os frascos usa uma colher para fazer bolas de meloa.

domingo, 5 de setembro de 2010

Gelado de Figo e Pepitas de Chocolate

No fim-de-semana passado fomos ofertados com figos, para ajudarem na recuperação do Miguel e para nos adoçar a boca! Os mais pequenos foram parar ao tacho para dar origem a este gelado, alguns dos maiores foram comidos ao natural e outros mergulharam numa tarte...

Optar por usar os figos mais pequenos no gelado não foi das melhores ideias. Os figos pequenos tinham uma casca interior mais grossa e por isso o gelado ficou a saber um bocado mais a nata do que a figo, mas nem por isso deixou de ficar bom!


Para 950 ml
- 700 g de figos frescos
- sumo de 1 limão
- 100 ml de leite
- 100 g de açúcar
- 2 cálices de vinho do Porto

- 100 ml de natas
- 200 ml de leite
- pepitas de chocolate q.b.

1. Corta o pé e a base aos figos e corta-os em pedaços, mantendo a casca. Junta os figos, o sumo de limão e 100 ml de leite num tacho. Leva ao lume, com o tacho tapado, durante 10 minutos. Mexe de vez em quando.

2. Adiciona o açúcar e o vinho do Porto e mantém no lume, mexendo sempre, até a mistura apresentar um aspecto de compota. Retira do lume e reduz a puré. Lentamente ircorpora o restante leite e as natas batidas. Verte para uma caixa de plástico e deixa arrefecer.

3. Quando tiver arrefecido, mistura as pepitas de chocolate e leva ao congelador.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Salada de Frango com Manga

E continuamos a nossa viagem pelo maravilhoso mundo das saladas... Desta vez fomos buscar inspiração à Blue Cooking n.º 49 para fazer esta salada rápida, saborosa e que só tens de misturar os ingredientes!

Para 2 pessoas
- 1/2 frango
- 2 mãos-cheias de agrião
- 1 manga
- sumo de 1/2 laranja
- sal
- 4 tostas

Numa saladeira junta o agrião, o frango desfiado e a manga descascada e cortada em tiras. Acrescenta o sal, rega com o sumo de laranja e termina com as tostas grosseiramente partidas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Feijão Verde Bebé com Bolonhesa de Frango

Por aqui andamos a tentar reduzir nos hidratos de carbono, por isso substituimos o comum esparguete por feijão verde bebé, que o Miguel trouxe de casa dos pais. Além disso também usámos frango em vez da carne de porco, que é mais saudável. Claro que este prato, para ser ainda mais saudável, não devia levar bacon, mas nada de fundamentalismos. A comida precisa de algum sabor, se não não tem piada.

Para 2 pessoas
- 300 g de feijão verde bebé, arranjado
- azeite
- 1 cebola picada
- 1 dente de alho picado
- 1 cenoura ralada
- 4 fatias de bacon, cortadas em tiras
- 400 g de peito de frango picado
- 6 c. sopa de molho de tomate
- 1 copo de vinho branco
- queijo da ilha ralado

1. Aquece o azeite numa frigideira grande em lume médio. Adiciona a cebola, o alho e o bacon. Cozinha, mexendo, até a cebola estar translúcida. Adiciona o frango. Cozinha, mexendo, para separar a carne, até o frango estar cozinhado. Junta o vinho, a cenoura e o molho de tomate. Baixa o lume e cozinha tapado, mexendo de vez em quando, por 15 minutos.

2. Entretanto cozinha o feijão verde bebé em água a ferver, com sal e azeite, durante 10 minutos. Escorre. Serve o feijão com o molho por cima e polvilha com queijo da ilha.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Morangos de Angeja com Manjericão

Sabem aqueles dias que começam por ser uma verdadeira m#rd#, mas que depois, sem te aperceberes, se vão transformando em dias espectaculares? Pois bem, ontem foi um desses dias... Comecei por ter uma manhã péssima, que me deixou com vontade de bater em alguém, mas nos entretantos a tarde acabou por ser perfeita.
 
Depois do Miguel ter ido mudar o penso a Cacia estávamos nós já prontos para ir direitinhos a casa quando reparei num enorme bando de cegonhas nos céus de Cacia. Foi nesse momento que soube que o que eu precisava mesmo era de ir até algum sítio onde pudesse ver umas quantas aves pousadas na água, entretidas na sua vidinha. Como caçador que é, o Miguel é mais conhecedor desses sítios do que eu. Segui as indicações dele até uns "caminhos de cabras", ladeados por silvas carregadinhas de amoras, que me apagaram da memória a minha manhã terrível e que me levaram até à "loja" dos morangos de Angeja, onde acabámos por comprar 1 kg de morangos e 0,5 kg de figos suculentos.
Gosto muito desta loja, que é uma versão de luxo da venda de fruta à beira da estrada e vale bem a pena ir até Angeja só para comprar destes morangos, que são uma coisa do outro mundo. É muito fácil dar com o sítio e com a casinha pré-fabricada em madeira que fica mesmo na beira da nacional 109 (quem vem de Estarreja para Aveiro fica do lado direito). Além dos morangos têm outras frutas e também legumes, todos com um aspecto maravilhoso e um cheiro de morrer e tem a particularidade de, uns metros mais à frente e dependendo da hora, poderes ver os morangos a serem apanhados e a irem directamente para a caixa.
Depois de estarmos na posse da nossa fruta "apontámos" para casa, onde saboreámos os morangos duma forma simples, sem grandes complicações ou floreados, juntando apenas três ingredientes: açúcar, manjericão e sumo de laranja. Acreditem quando digo que estes serão os melhores morangos que comerão na vossa vida... cheiram verdadeiramente a morangos e, adivinhem, sabem mesmo, mesmo, mesmo a morangos! Aliás, quando sentirem o seu cheiro vão ter vontade de ficar horas a "snifá-lo" e de apanhar uma overdose com um cheiro tão celestial.
- morangos de Angeja
- açúcar
- folhas de manjericão
- sumo de laranja

1. Lava bem os morangos e retira-lhes o pedúnculo. Corta-os em quartos. Reserva.

2. Com a ajuda dum garfo, ou num almofariz, esmaga o açúcar com o manjericão. Deita o açúcar aromatizado e o sumo de laranja por cima dos morangos e mistura bem. Leva ao frigorífico e serve fresco.

Nota: Faz um esforço para não caíres na tentação de aromatizares o açúcar no 1,2,3. Apesar de mais fácil, não sabe igual!

domingo, 15 de agosto de 2010

Salada de Manga e Feijão Preto

Agora com o Miguel inoperacional, devido ao joelho, o tempo para cozinhar não é muito. Confesso que a vontade também não abunda por aí além, por isso nos últimos dias as nossas refeições andam muito à volta das saladas ou então do No Menu. Mas ainda bem que é Verão, já que assim é muito mais fácil fazer refeições rápidas, saborosas e minimamente saudáveis.

Para 2 pessoas
- 1 lata pequena de feijão preto cozido
- 2 mangas pequenas, cortadas em cubos
- sumo de 1 lima
- coentros picados

1. Escorre o feijão preto em água abundante e coloca-o numa saladeira. Junta os restantes ingredientes, mistura bem e tempera a gosto.

2. Serve a salada fresca com um bife de porco ou de frango grelhado.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Fusilli de Curgete

Já lá vai um tempo que ando para fazer este post, mas não havia maneira de acertar com a receita. Ora foram os ovos que cozeram, ora foi a curgete que era rija, ora foi a foto que não ficou bem... Enfim, vida de "food blogger" não é fácil e à conta disso andamos a comer massa com curgete há três semanas. Foi até acertar.

Esta massa é ideal para um almoço de semana, por ser fácil e rápida de preparar. Também é bastante versátil, pois dá para acrescentar diferentes ingredientes à curgete.

Para 2 pessoas
- 200 g de fusilli
-sal
- 2 curgetes pequenas
- 1 dente de alho, picado
- azeite
- 6 folhas de manjericão, grosseiramente picadas
- 1 gema de ovo
- queijo da ilha ralado

1. Começa por cozer a massa em água a ferver com sal, segundo as instruções da embalagem ou até estar al dente.

2. Enquanto a massa coze, corta a curgete longitudinalmente e depois em pequenas "tiras" (tipo batata palha, mas não tão pequena). Reserva.

3. Aquece um fio de azeite num wok. Adiciona o alho e a curgete e vai mexendo até esta amolecer. Retira o wok do lume e junta a gema de ovo, mexendo sempre, para não cozer. Junta a massa escorrida e envolva bem. Por fim polvilha com queijo ralado e manjericão.

4. Serve simples ou com atum, salsicha, presunto ou bacon.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Maçã Assada com Mirtilos

Hoje é o Dia Internacional dos Avós e a minha avó a modos que nos mata se nós nos esquecemos deste dia. Este ano tive a ideia de fazer uma sobremesa que homenageasse os meus avós, só que a tarefa não se revelou muito fácil... No final acabei por fazer apenas uma sobremesa que associo à minha avó.

A sobremesa inicial misturava arroz doce com maçã assada, mas não consegui que as duas coisas ligassem na perfeição. Os mirtilos deram um toque de modernidade à receita e tive como fonte de inspiração o show cooking do Chakall, que decorreu no Sábado na FARAV (o Chakall está a fazer uma volta a Portugal em carrinha onde faz pratos com produtos locais. Em Aveiro fez uma sobremesa cinco estrelas com pão de ló de Ovar e mirtilos).

Para 1 pessoa
- 1 maçã, descascada e descaroçada (a maçã da foto tem casca, mas só por uma questão de falta de tempo e de preguicite aguda. O ideal é mesmo descascar a maçã.)
- 1 c. sopa de mirtilos
- 1/2 c. de chá de canela em pó
- 1 c. de chá de açúcar mascavado
- 1 c. de chá de manteiga, à temperatura ambiente
- sumo de 1 clementina

1. Pré-aquece o forno a 190ºC.

2. Numa taça pequena mistura os mirtilos, a canela e o açúcar. Recheia a maçã com esta mistura e por cima põe a manteiga. Coloca a maçã num prato fundo que possa ir ao forno e rega-a com o sumo de clementina.

3. Leva ao forno durante 1 hora e vai regando as maçãs com o sumo.

4. Serve imediatamente, ainda quente, ou então morna. Se quiseres podes acompanhar com uma bola de gelado de baunilha ou nata para tornar a sobremesa mais fresca.

domingo, 11 de julho de 2010

"Pneu" de Verão

Não, este post não é para falar sobre os "pneus" que teimam em importunar a malta no Verão... Este post é antes um regresso ao passado, ao tempo em que não havia águas gaseificadas com sabor e ao tempo em que, aos domingos à tarde, me sentava no sofá a ver um qualquer filme "domingueiro" acompanhada duma vodka. Este post é sobre a minha recriação desses tempos com cheirinho a Verão.

Para 1 copo
- 1 garrafa de água Castello
- 1 shot de vodka
- 1 lima, cortada em quartos
- 2 pacotes de açúcar
- 2 morangos, cortados em rodelas

1. Num copo alto junta o açúcar e a lima. Esmaga com a ajuda de uma colher. Adiciona a vodka e esmaga mais um pouco. Por fim, junta o gelo, a água Castello e as rodelas de morango.

2. Serve de imediato e saboreia o Verão!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Pavlova de Chocolate e Creme de Mascarpone e Amora

A primeira vez que fiz o creme de mascarpone e amora foi com a ajuda da minha "neta" D. e foi para um cheesecake. O objectivo era aproveitar os "restos" de cereais de pequeno-almoço que estavam guardados num frasco de vidro à espera que eu soubesse o que fazer com eles. Usá-los como base de cheesecake pareceu boa ideia, mas o resultado não ficou tão bom quanto isso, mesmo tendo o creme ficado divinal.

Entretanto ocorreu-me que o creme devia ficar bem melhor com suspiros. Desfiz uns quantos e misturei com o creme. Acreditem que ficou espectacular.

Depois disto lembrei-me que andava há algum tempo para experimentar fazer pavlova e que com o creme por cima devia obter uma excelente sobremesa. Nem de propósito o Donal Skehan colocou uma receita de pavlova no seu blog. Segui mais ou menos a receita e acrescentei-lhe um bocado de chocolate em pó.

Para 8 mini-pavlovas
- 200 g de açúcar
- 4 claras de ovo
- 2 c. de chá de farinha Maizena
- 1 c. de chá de vinagre de vinho branco (usei vinagre de maracujá)

Creme de Mascarpone e Amoras
- 200 ml de natas
- 1 embalagem de mascarpone
- 4 c. sopa de açúcar
- 1 embalagem de amoras (mais umas quantas para decorar)

1. Pré-aquece o forno a 150ºC. Coloca uma folha de papel vegetal no tabuleiro de forno e desenha 8 círculos, com a ajuda dum pires de café.

2. Bate as claras em castelo. Adiciona o açúcar aos poucos. Usando um Salazar mistura gentilmente a farinha e o vinagre.

3. Divide a mistura de merengue pelos oito círculos e leva ao forno durante 45 minutos. Retira do forno e deixa arrefecer completamente.

4. Bate as natas até estarem firmes. Junta o mascarpone, o açúcar e as amoras trituradas. Leva ao frigorífico.

5. Puco tempo antes de te deliciares com a sobremesa, espalha o creme por cima das pavlovas de chocolate. Decora com as amoras inteira e rega com molho de chocolate, se desejares.

domingo, 4 de julho de 2010

Gambozinos, Reserva 2005

Visto que a comida e vinho estão intimamente ligados, hoje iniciamos uma nova rubrica, onde pretendo partilhar o que penso sobre os nectares portugueses que se vão abrindo aqui em casa. Como a Sara não "pesca" nada de vinhos estas são as minhas palavras de estreia no blog.

A garrafa de Gambozinos foi-nos oferecida pela família C.S. no Natal de 2009 e repousava calmamente na nossa garrafeira, à espera da refeição certa. E a verdade é que acompanhou na perfeição o risotto de abóbora e frango com romã.

Este é um vinho encorpado, de sabor prolongado que vai bem com pratos de carne ou então como aperitivo a acompanhar queijos fortes e condimentados.

Produzido em: Rio Torto
Região: Douro
Tipo: Tinto
Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca

sábado, 26 de junho de 2010

Peixe ao Sal

Qualquer peixe pode ser assado inteiro no sal, mas é preciso arranjá-lo primeiro. Também tens de ter cuidado para não deixar o sal em contacto com nenhuma parte interior do peixe, se não corres o risco do peixe ficar demasiado salgado, como nos aconteceu no outro dia. O Miguel fez para o jantar um robalo assado no sal, mas não sei o que é que lhe passou pela cabeça ao fazer uns cortes no lombo do peixe... Resultado: robalo hiper mega salgado, quase que nem dava para comer. Como não chegámos a nenhum concenso sobre a melhor maneira de conseguir uma boa crosta de sal pedimos ajuda ao Jamie Oliver (em Itália), que nos sugeriu uma crosta perfumada.

Para 4 a 6 pessoas
- 2 kg de peixe, limpo e amanhado
- ervas aromáticas (usámos salsa e aneto)
- 2 limões, 1 às rodelas e a raspa do outro
- 3 kg de sal grosso
- raspa de 1 laranja
- 1 ovo batido
- azeite

1. Pré-aquece o forno a 220ºC.

2. Recheia a cavidade com a mistura de ervas aromáticas e rodelas de limão.

3. Mistura o sal com a raspa de limão e de laranja e o ovo. Deita uns pingos de água e amassa bem a mistura, até parecer areia molhada.

4. Faz uma camada de 1 cm com o sal num tabuleiro de ir ao forno. Pincela a pele do peixe com azeite e põe por cima da cama de sal. Põe o resto do sal por cima, carregando com as mãos para apertar bem. Não é preciso tapares a cabeça e a cauda. Assa o peixe no forno durante 20 a 40 minutos.

5. Serve à mesa, partindo a crosta de sal em frente dos teus convidados, e acompanha com salada.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Lulas com Batata Doce

Ultimamente o tempo para cozinhar não tem sido muito e confesso que temos comido poucas vezes em casa. Comer fora pode ser muito prático mas ao fim de uns dias farta e não há nada como a comida caseira, nem que para isso seja preciso almoçar às quatro da tarde...

Se os ingredientes estiverem prontos de véspera, este prato é muito rápido de preparar e um excelente petisco.

Para 2 pessoas

- 200 g batata doce, cortada às rodelas

- 400 g de lulas, limpas e cortadas em tiras finas

- sal

- sumo de 1 limão

- azeite

1. Tempera as lulas e os tentáculos com sal e o sumo de limão. Deixa marinar durante 30 minutos. Num wok salteia as lulas em azeite bem quente, até estarem estaladiças.

2. Frita as rodelas de batata doce (com pele) em azeite. Seca-as em papel de cozinha e mantém-as quentes, até as lulas estarem prontas.

3. Dispõe num prato as batatas, depois as lulas e rega com um fio de bom azeite.

Toucinho

A família rumou mais uma vez a Santarém, desta vez para assistir ao Festival de Tunas Femininas e para cantar os parabéns à minha mana mais nova. No Domingo fomos almoçar ao mítico Toucinho, em Almeirim.

Para se almoçar no Toucinho tem que se marcar ou então estar preparado para uma longa espera. Mesmo marcando tem que se chegar a horas ou então perde-se a mesa, já que a clientela é muita. Quando se entra é impossível não perceber que ali se respira festa brava, já que as paredes das salas estão carregadas de artigos alusivos à tourada. O serviço não prima pela simpatia e é um bocado a despachar, mas assim que o pão caseiro e quentinho vem para a mesa já nem pensamos nisso...

A especialidade é a sopa da pedra, que é suficiente como refeição. Para os que acham que só uma sopita não basta, recomendamos as carnes que são saborosas e de qualidade. Desta vez comemos uns lombinhos de porco na vara (pau de loureiro) que estavam muito bem confeccionados. Como tínhamos bolo de aniversário ninguém se aventurou nas sobremesas, mas recomendo que provem a tarte de natas.

A comida é realmente boa e só assim nos conseguimos abstrair do barulho e da confusão que nos rodeia. A relação qualidade/preço é boa, 12€/pessoa, sendo garantido que se sai do n.º 20 da Rua de Timor de barriga cheia, sem espaço para mais nada que não seja um café.

domingo, 23 de maio de 2010

Salame de Chocolate e Frutos Secos

Havia uma coisa que me vinha intrigando há já algum tempo... porque é que a minha mãe tinha deixado de fazer salame? Foi enquanto partia as bolachas para a receita que obtive resposta para a minha pergunta: já não tem as filhas em casa para lhe partir a bolachita Maria! Bem me lembro dos trabalhos forçados a que éramos sujeitas sempre que a senhora nossa mãe se lembrava de fazer salame... Foi nesse momento que conclui que os senhores da bolacha Maria andam distraídos. Será que ainda nenhum se lembrou de fazer uns pacotes de 200 g com bolacha Maria já partida aos bocados? Não deve ser difícil de fazer e ainda podiam aproveitar as bolachas que se partissem no processo de produção. Além disso, todos os filhos das mães "salameiras" deste país iam ficar eternamente gratos pelos pacotitos.

Mas falando do salame... já tinha feito algumas tentativas para alterar a receita da minha mãe, mas todas elas sem sucesso. Umas vezes porque era manteiga a mais, outras porque o chocolate em barra não dava ou então porque as passas davam um aspecto de pastilha elástica. Enfim... lá tive de me render ao chocolate em pó e acho que foi desta que acertei. Mantive as quantidades da minha mãe, substitui um pacote de bolacha Maria por frutos secos(sempre é menos um pacote para partir), juntei-lhe o vinho de Porto e voilá, fez-se o salame de chocolate e frutos secos.

Para 2 salames médios

- 1 pacote de bolacha Maria, partida grosseiramente

- 100 g de avelã palitada

- 100 g de pistachios

- 200 g de açúcar

- 2 ovos

- 150 g de manteiga derretida

- 2 cálices de vinho de Porto

- 200 g de chocolate em pó (ou então mistura de chocolate e cacau em pó)

1. Mistura numa taça a bolacha partida, as avelãs e os pistachios. Reserva.

2. Bate os ovos com o açúcar. Junta a manteiga derretida, o vinho do Porto e o chocolate em pó. Bate até obteres uma mistura homogénea. Junta os secos e envolve bem.

3. Numa folha de papel vegetal estendida coloca o preparado e dá-lhe a forma de um salame. Leva ao frigorífico durante umas horas.

Nota: Podes optar por usar framboesas no salame que fica espectacular! Se o fizeres substitui 100 g de frutos secos por 100 g de framboesas. Neste caso não uses cacau em pó, se não fica muito amargo e adiciona as framboesas só no fim, depois de teres juntado os secos.

sábado, 15 de maio de 2010

Taberna & Mercearia Sebastião

Hoje foi a benção das pastas da minha "Pequenina" e lá foi a famelga toda até Santarém. Quando perguntava à minha irmã onde é que iamos almoçar ela só me dizia "Vamos à Taberna". Vai daí preparei-me para o pior, já que quando andava a estudar taberna queria dizer comida barata e de pouca qualidade, com a batata frita a escorrer óleo. Mas a miúda tratou-nos bem. Quando cheguei ao local fiquei bastante suprendida, pela positiva, com o espaço. Pena que nem toda a comida tivesse estado à altura do mesmo.

Quando entramos parece que estamos a entrar numa antiga mercearia, com armários de rede e caixas de vegetais do lado esquerdo e à direita duas mesas altas para morder uns petiscos. Passando ao espaço de refeição entramos numa verdadeira taberna moderna, com ar limpo, arranjadinho e onde apetece ficar a petiscar eternamente.

Os petiscos eram bons, e pareceu-me ser esta a especialidade da casa, bem como o polvo à lagareiro que estava macio e saboroso. Já o prego no prato e a espetada mista não agradou a quem comeu. A carne vinha fria e era rija e seca.

Não sei bem explicar onde é que fica o estaminé, só sei dizer que fica numa das ruelas no centro de Santarém, lá para os lados do Minipreço. Se não derem com o sítio podem sempre perguntar a quem passa na rua ou então telefonar a pedir indicações, tel. 243 302 444. Está aberta de Segunda a Sábado das 10h à 1h e o preço da refeição ronda os 10€ por pessoa, mais ginja menos ginja.

E já que estão para aqueles lados dêem um saltinho à pastelaria Bijou e aproveitem para comprar uns pampilhos, o doce regional.