quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mini-Tarte de Folhas de Beterraba e Frango

Apaixonei-me pelo molho de folhas de beterraba, assim que as vi viçosas na banca do mercado. A senhora por trás da banca vendeu-me-as para uma sopa, mas entretanto eu perdi a coragem de arriscar numa sopa vermelha, já que podia não conseguir o vermelho certo - o vermelho do romance, da paixão. Cada dia lembrava-me de uma receita diferente, até que me tinha decidido por fazer uns crostinis, para um brunch de domingo, que depois passou para um almoço de semana, mas... os meus planos saíram completamente furados.
Tinha combinado com a minha mãe fazer os crostinis para o nosso almoço do dia seguinte. Que a ia buscar a casa a meio da manhã e que almoçávamos juntas em minha casa. Tudo planeado! Mas, o que é que acontece? A meio da tarde a minha mãe liga-me a dizer que a cabra já tinha parido e que tinham nascido dois cabritinhos muito, muito fofinhos. Só que havia um problema, eles não estavam a mamar, não tinham o instinto de se alimentarem... Assim que saímos do trabalho, lá fui eu e o Miguel ver dos cabritinhos, a ver se os púnhamos a mamar. Nada, não tivemos sucesso.
Saí dos meus pais preocupada com os "bebés". Estava muito frio, eles não se tinham alimentado de maneira a aguentar a noite gélida e não sabíamos se a mãe ia ter leite para amamentar os filhotes. Todas as minhas esperanças estavam depositadas num nascer do dia cheio de sol, para lhes afastar o frio nocturno. Quando cheguei aos meus pais lá estavam eles, fraquinhos, sem mamar mas aquecidos pelos raios de sol. E foi assim que, enquanto os "obrigava" a mamar, decidi trocar os crostinis por estas mini-tartes, douradas e redondas como o Sol que tem aquecido a Totó e o Pancinhas, que entretanto já mamam, e os tem ajudado a manter activos.
 
Para 12 mini-tartes
- 1 molho de folhas de beterraba, sem os caules
- 2 peitos de frango
- 2 bases de massa quebrada
- sal
- azeite
- 1/2 cebola média, picada
- 2 dentes de alho, picados
- 1 c. de chá de paprika em pó
- 1 cálice de vodka
- 1 queijo de cabra pequeno
- 1 ovo, batido
 
1. Numa frigideira anti-aderente, aloura a cebola e o alho em azeite, com a paprika em pó e o sal. Junta os peitos de frango, cortados em pequenos cubos, e deixa alourar. Refresca o frango com a vodka e deixa o álcool evaporar. Enquanto o álcool evapora, corta as folhas de beterraba em juliana. Junta as folhas de beterraba ao frango e deixa cozinhar, em lume médio tapado.
 
2. Entretanto pré-aquece o forno a 180ºC e vai preparando a massa quebrada. Usando dois copos de tamanhos diferentes corta 24 círculos de massa quebrada - 12 grandes e 12 mais pequenos. Distribui os 12 círculos pequenos num tabuleiro de ir ao forno, coberto com papel vegetal. Reserva os outros 12.
 
3. Assim que as folhas de beterraba estiverem cozinhadas, mais ou menos 20 minutos, desliga o lume e distribui o recheio pela massa quebrada, deixando uma pequena margem nos círculos. Esfarela o queijo de cabra por cima do recheio. Com o dedo passa o ovo batido à volta dos círculos. Cobre o recheio com os restantes círculos e sela bem as mini-tartes.
 
4. Espalha o resto do ovo batido nas mini-tartes e leva ao forno durante 30 minutos. Serve-as ainda quentes, a solo ou acompanhadas por uma salada.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Profiteroles

Não ficaram tão perfeitos como os comprados nas melhores pastelarias, mas, tal como no amor, o que interessa é a sua beleza interior. E eles estavam lindos por dentro, com um sabor que nos arrebata (receita adaptada do blog Gourmets Amadores).

Para a massa
- 175 ml de água
- sementes de 10 vagens de cardamomo
- 85 g de manteiga
- 1 c. de sopa de açúcar
- 125 g de farinha
- 4 ovos

1. Começa por aromatizar a água. Ferve 200 ml de água com as sementes de cardamomo. Retira do lume e deixa aromatizar, durante pelo menos 1 hora.

2. Pré-aquece o forno a 220ºC.

3. Coloca a água, a manteiga e o açúcar num tacho e leva a ferver. Retira do lume e adiciona a farinha toda de uma vez. Mexe energeticamente com uma colher de pau, até a mistura despegar dos lados do tacho. Passa a mistura para a taça da batedeira e deixa arrefecer ligeiramente. Bate a mistura, com as varas para massas, de maneira a se desmanchar um pouco. Adiciona um ovo de cada vez e mistura até obteres uma massa homogénea.

4. Transfere a massa para um saco de pasteleiro. Num tabuleiro de ir ao forno, coberto com papel vegetal, faz bolas com a massa (mais ou menos com 2 cm de diâmetro) e espaçadas entre si. Leva ao forno durante 10 minutos. Reduz a temperatura do forno para 180ºC e deixa cozer durante mais 15 minutos, ou até os profiteroles estarem dourados. Retira do forno e deixa arrefecer sobre uma grelha metálica.

Para o creme
- 225 ml de leite
- 2 c. de sopa de maizena
- 100 g de açúcar
- 1 ovo
- 2 gemas de ovo
- 30 g de manteiga
- 1 c. de sopa de extracto de baunilha
- sumo de 4 maracujás

1. Dissolve a maizena num pouco do leite. Mistura o restante leite com o açúcar e leva ao lume, até ferver. Retira do lume.

2. Bate o ovo e as gemas. Combina os ovos com a farinha maizena. Lentamente verte o leite sobre esta mistura e mexe constantemente para os ovos não cozerem. Devolve o tacho ao lume brando e não pares de mexer até o creme engrossar, sem deixar que este ferva. Retira do lume e junta a manteiga e o extracto de baunilha. Adiciona o sumo de maracujá e envolve bem no creme. Cobre o tacho e leva ao frigorífico, até à hora de o usares.

Para a montagem
- 200 g de chocolate derretido

Abre os profiteroles ao meio e recheia-os com o creme de maracujá e baunilha. Dispõe-os num prato de pé alto, em forma de pirâmide. Verte o chocolate derretido sobre a pirâmide. Serve e saboreia de imediato.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Geleia de Tomarilho

Não, não se enganaram no blog! Este é o nosso primeiro post inspirado num filme. Digo primeiro, porque há outros a bailar na minha cabeça, estou é a ter algumas dificuldades para os colocar em prática. Por coicidência, o dia em que fomos ver o último episódio da saga Twilight, foi o dia em que transformei os tomarilhos da E. em geleia. Ainda decorria o primeiro minuto de filme e eu já sabia que tinha que juntar os dois, só não tinha ideia como.

Esta é uma história que nos foi conquistando aos poucos. Não entendiamos a febre à volta do filme, mas quando vimos o primeiro episódio gostámos do romance e sentimo-nos atraídos pelas paisagens e pela fotografia do filme. Muitas vezes sonhamos trocar as nossas vidas por  um amor e uma cabana, algures no Alasca. No nosso imaginário romântico, o Miguel sai de casa cedo para pescar o nosso almoço, deixando-me a lareira acessa; eu espero por ele, em pijama, com uma chávena de chá quente e enrolada numa manta, ora no sofá em frente à lareira, ora num baloiço de madeira, no exterior da cabana. Sendo a casa dos Cullen uma versão muito sofisticada e moderna deste amor poético, é óbvio que nos interessámos pela saga.
Vimos os primeiros quatro episódios em casa, mas desta vez não estava a conseguir esperar pelo desfecho da história. Torcia fortemente para que a Bella ficasse com o Jacob - um rapaz quente e que transpira saúde por todos os poros, ao contrário do Edward, gélido e branquela - e estava em pulgas por conhecer o destino do "lobinho" e o que mudava com a nascença de Renesmee. Não foi o fim que eu ambicionava, mas serve um final feliz ao moço. Jacob torna-se numa espécie de padrinho da filha dos "vampirinhos" e junta-se ao clã para proteger a criança. A saga completa é um bom programa para um Domingo chuvoso, como o que está previsto para amanhã, ou para se adiantarem ao Dia dos Namorados. E para acompanhar os cinco episódios, nada como uma geleia da cor do sangue.

Para 6 frascos
- 1,5 l de sumo de tomarilho
- 1 kg de açúcar
- sumo de 1 limão

1. Começa por preparar o sumo de tomarilho. Descasca os tomarilhos e corta-os em rodelas finas. Cobre com água e leva ao lume, até obteres a concentração desejada. Coa o sumo e mede.

2. Leva o sumo de tomarilho ao lume, com o açúcar e o sumo de limão. Vai mexendo, mais frequentemente à medida que te vais aproximando do final, até o líquido atingir os 105ºC.

3. Transfere a geleia para frascos esterilizados e deixa-os arrefecer, virados para baixo. Serve sobre bolachas de canela ou a acompanhar queijo.
 
Nota: as fotos da saga foram retiradas da galeria de fotos deste site.