quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cenoura e Pastinaga Assada

Pastinaga, espécie de cenoura. De casca bege e sabor mais parecido ao da batata. Mas se é uma espécie de cenoura vai bem com cenoura, com certeza. Trouxe-as do nosso fim-de-semana no Algarve e a ideia era fazer um puré. Quando chegou à altura de as fazer apetecia-me algo rústico para acompanhar uma costeleta do cachaço e por isso escolhi assá-las. Para obter uma maior caramelização acrescentei duas colheres de mel, pouco antes de estarem prontas, só que é completamente desnecessário. As cenouras e os alhos assados já dão doçura mais do que suficiente ao prato. Uma salada de Outono, para voltar a repetir nestes dias chuvosos.
 
Para 2 pessoas
- 3 pastinagas médias
- 3 cenouras médias
- 4 dentes de alho, por descascar
- salva seca (se tiveres fresca tanto melhor)
- azeite
- sal
 
Descasca as pastinagas e as cenouras. Corta-as em quartos e distribui-as num tabuleiro de ir ao forno. Junta os dentes de alho, com casca e esmagados, as folhas de salva, grosseiramente desfeitas. Rega tudo com um fio de azeite e tempera com uma pitada de sal. Com as mãos envolve bem os legumes no azeite. Leva ao forno, pré-aquecido a 200ºC, durante 20 a 30 minutos. A meio do tempo dá uma viradela aos legumes. Serve como acompanhamento de carne ou peixe grelhado.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Padaria 5 Bicas

Sr. João, João e Joana representam duas gerações na Padaria 5 Bicas, a melhor padaria da cidade! Em 2010 o Sr. João assumiu o comando a tempo inteiro e começou uma nova história nesta padaria de bairro, onde se conhecem os clientes pelo tipo e quantidade de pão que levam todos os dias. As dez pessoas que lá trabalham transformam farinha e água em pão de qualidade. Daquele tipo de pão guloso que se come de uma assentada, sozinho ou com manteiga, só porque está a saber bem. Com essa mudança veio mais variedade de produtos, cestos de pão mais bonitos e vitrinas mais recheadas. Colocando amor e esforço no que fazem, as coisas vão fermentando bem. Tudo cozido em forno de lenha, vendido com o sorriso da Joana e o cuidado da Dª. Alice, já sem ser preciso dizer o que queremos: 6 pães branquinhos, em saco de plástico.
Há quantos anos a padaria 5 Bicas abriu as suas portas?
Quando tivemos que pedir o licenciamento andámos a ver isso e o registo mais antigo que encontrámos foi de 1857. Muitos anos, mais de cento e cinquenta!
Como tem sido a sua história?
Tem sido uma padaria passada de geração em geração, até à altura em que a comprei ao Sr. Rodrigo, em 1986. Os meus avós eram padeiros na Rua das Salineiras, e entretanto eu comprei esta padaria. Para alguns clientes mais antigos ainda é a padaria do Sr. Rodrigo e agora tenho os meus filhos a trabalhar comigo.
Ainda se lembra como foi o seu primeiro dia de trabalho aqui na padaria?
Sim, fui-me inteirando das coisas e do que era preciso na altura. Saber a farinha, o sal, a lenha… O Sr. Rodrigo, que foi quem me passou a padaria, explicou-me as coisas e foi-me dando umas indicações.
Vê o trabalho na padaria como uma herança familiar ou sente-se inspirado por ele?
Os meus avós eram padeiros, os meus pais eram padeiros e eu, por necessidade e para me ir inteirando do ramo, fui começando a trabalhar na padaria. Depois comecei a tomar gosto e segui isto. Dou-me feliz por ter uma situação em que posso trabalhar, tendo em conta que hoje há tanta gente sem trabalho.
Como é trabalhar com os seus filhos?
A coisa mais difícil da padaria… (risos) É bom, eles são responsáveis, são bons e foram aprendendo por eles. Tem sido muito bom.
O que distingue a padaria 5 Bicas das outras padarias da cidade?
Penso que o que distingue é a qualidade do pão. Hoje em dia é tudo muito comercial, faz-se o pão com gorduras, com canela… Nós procuramos fazer o pão à moda tradicional. As pessoas que aqui trabalham também. A Joana é simpática e isso ajuda a cativar os clientes. Temos um rapaz de São Tomé e Príncipe que é competente, honesto e trabalhador, que merece ser ajudado. Mas também temos aqui pessoas que podiam fazer melhor… E temos ainda o forno, que sendo de lenha também ajuda à qualidade do pão, dá-lhe um sabor mais característico.
Qual é o produto que mais lhe aquece o coração quando vê sair do forno?
Gosto de ver o pão d’avó. Porque é um pão escuro, de mistura, mais saudável. É, gosto dos pães escuros…
Lembro-me em miúda vir aqui aos éclairs de chocolate, às escondidas da minha avó e da tristeza que foi, um dia, descobrir que tinham “desaparecido”. Para quando o seu regresso à padaria?
Não sei, ver se até ao fim do ano conseguimos.
A que cheira a sua infância?
Aos sabores genuínos, ir à Ponte Praça e cheirar a maresia. O cheiro das árvores era diferente. Agora os carros com a gasolina já não deixam que os cheiros se entranhem… No Poço de Santiago o cheiro a água salgada. Antigamente quando se ia ver os jogos do Beira-Mar sentiam-se os cheiros do parque, era muito bom. A poluição agora já não deixa que o cheiro da natureza entre por nós adentro. O progresso é muito destrutivo…
Como vê o futuro da padaria 5 Bicas?
Procurar conservar uma padaria típica, para não sermos apenas mais uma. Hoje a vida é mais comercial, com menos qualidade… Queremos uma padaria com qualidade para podermos ser uma referência na cidade, diferente das outras. Mas não ser diferente apenas por ser diferente, queremos manter a padaria tradicional para podermos ser consagrados.

domingo, 13 de outubro de 2013

Morcegos de Chocolate

Houve um tempo em que achei que ser madrinha de alguém não ia acontecer. Lembro-me até de ter tido este pensamento dias antes de  ser convidada para madrinha da G. Esse foi um dia tornado ainda mais especial com a chegada de tal convite, enquanto a G. dormia no ovo um sono profundo. Olhando para trás vemos como o tempo passa, e como aquele bebé, fascinado pelos tsurus feitos pelos padrinhos, cresceu. Agora já não é nenhum bebé e os animais voadores que povoam os seus sonhos são os morcegos.
Para assinalar os seus cinco aninhos fizemos bolachas de chocolate, em forma de morcego. É sempre uma forma vencedora de passar um bocado com os mais novos e podes trocar os morcegos pelo animal preferido dos teus pequenos.

Para 40 a 50 morcegos
- 65g de manteiga, à temperatura ambiente
- 150g de açúcar
- 1 ovo
- 65g de chocolate
- 3 c. de sopa de leite, quase fervido

- 65g de miolo de amêndoa moído
- 250g de farinha

1. Numa taça junta a manteiga e o açúcar. Pede ajuda ao mini chef para, com as mãos, misturar a manteiga e açúcar, até obter uma "pasta". Acrescenta um ovo e mistura bem, deixando ao critério do mini chef continuar a usar as mãos ou usar a batedeira.

2. Derrete o chocolate no leite quente. Acrescente à mistura anterior e bate bem (agora convém mesmo usares a batedeira, primeiro porque o chocolate está quente e segundo porque fica uma chafurdice, mas podes arriscar...). Adiciona o miolo de amêndoa e a farinha. Mistura bem, até obteres uma massa homogénea. Leva ao frigorífico, durante no mínimo duas horas, para a massa ficar mais firme.

3. Pré-aquece o forno a 190ºC.

4. Numa superfície enfarinhada e com as mãos enfarinhadas, ajuda o mini chef a estender a massa. Usando o cortador que ele escolher, vai cortando as bolachas e estendendo de novo, até terem acabado com a massa.

5. Distribui as bolachas numa folha de papel vegetal e leva ao forno durante 10/12 minutos (esta parte depende muito do forno e é mesmo importante que a partir dos 8 minutos vás vigiando regularmente o forno).