Por altura do São Martinho a minha família vai toda até São Martinho do Porto para um almoço, onde não falta o cozido à portuguesa, bom vinho, caramujos, ovos moles e castanhas assadas. Este ano fomos com os meus pais um bocado mais cedo para antes do almoço irmos às Caldas da Rainha, ao Mercado da Fruta.
Na Praça da República das Caldas, realiza-se todas as manhãs um mercado ao ar livre onde vais encontrar agricultores a venderem fruta, legumes e flores, mas também queijo, pão, cerâmica e cestos em verga. Como estamos em tempo de magusto também havia castanhas assadas, onde não faltava um copinho de vinho de mesa para acompanhar.
Os produtos frescos e cheios de sabor, como a fruta saborosa que encontramos na região do Oeste, podem fazer toda a diferença numa receita. A minha ideia era dar uma primeira volta a ver o que havia para venda e depois decidir o que levar numa segunda volta, só que o meu pai começou a ficar impaciente e com pressa e já não houve segunda volta para ninguém...
Saimos de lá com uma mão-cheia de ingredientes magníficos para futuras experiências culinárias. Trouxemos clementinas para repetir o doce de abóbora de Natal que fizemos no ano passado e umas malaguetas, em forma de sino, para fazer uma entrada com requeijão. As malaguetas foram compradas numa pequena banca de agricultura biológica, com umas cores... Deu-me vontade de comprar de tudo, mas como sei que actualmente o tempo para cozinhar não é muito, tive de resistir à tentação de comprar a banca toda à rapariga. Também comprámos batata branca pequenina para fazer batata a murro um dia destes.
Gostei muito de voltar a esta praça e morro de inveja dos caldenses, que podem usufruir dela todos os dias, percorrendo a calçada portuguesa à procura dos ingredientes certos para as suas refeições. Tenho pena de em Aveiro não existir nenhum mercado deste género, já que nós adoramos vaguear pelos mercados, no meio do cheiro a fruta, da cor intensa dos legumes e das pessoas... Os mercados de rua, como este, são um património cultural que nunca se devia perder, por serem sítios onde só de olharmos para os produtos poisados nas bancas, seja fruta ou peixe, nos cresce água na boca e que dão vida às cidades!
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