Ouvir o barulho das pipocas a estoirar dentro do tacho fez-me pensar nas nossas vidas rotineiras casa-trabalho e onde os fins-de-semana passam a correr e nem sequer dão para aliviarmos a pressão e suprimir o cansaço duma semana de trabalho. Tal como o milho das pipocas por vezes é preciso livrarmo-nos do stress e recarregarmos baterias para evitar "estoirarmos" e hoje está a ser um desses dias...
Há fins-de-semana que só me apetece ficar a pastar por casa, ir até ao café e não ter horas para nada, nem mesmo para comer, mas este não foi o caso. Comecei por me levantar bem cedo para ir até Salreu fazer uma caminhada de 11 km organizada pela Adefacec. Este percurso não é novo para mim, apesar de hoje ter ido por um caminho mais longo, mas na minha opinião menos bonito do que aquele que costumo fazer. Não foi por isso que deixou de ser uma manhã muito bem passada entre os arrozais e donde vim como nova. Claro que o cansaço físico era muito e a meio do percurso as pernas já se estavam a queixar, mas nada que não tenha sido compensado pela horas passadas a pôr a conversa em dia com o meu amigo K. (a língua trabalhou quase tanto como as pernas), pelo voo das cegonhas e das garças-reais e pelo contacto com a Natureza.
Chegada a casa o corpo pedia descanso, já que ainda me esperava uma noite de gaijas (para exercitar mais um pouco a língua, pois as pernas já deram o que tinham a dar). Para tal nada melhor do que um longo banho de imersão, uma massagem e uma taça de pipocas especiais...
Chegada a casa o corpo pedia descanso, já que ainda me esperava uma noite de gaijas (para exercitar mais um pouco a língua, pois as pernas já deram o que tinham a dar). Para tal nada melhor do que um longo banho de imersão, uma massagem e uma taça de pipocas especiais...
Pelo Natal a minha irmã A. ofereceu-nos dois azeites do José Gourmet e ainda não tinhamos experimentado nenhum deles. Decidimos usar o de piri-piri nas pipocas, para fujir da rotina. Eu quis juntar açúcar com uma mistura de especiarias que também recebemos pelo Natal, só que o esquisito do Miguel não foi na cantiga. Nestas coisas ele não é nada aventureiro e é muito conservador. As pipocas ficaram um estoiro e para quem as preferir salgadas pode perfeitamente substituir o açúcar por sal e juntar pimenta ou ainda piri-piri em pó.
Para 2 pessoas
- 75 g de milho para pipocas
- 3 c. de sopa de azeite aromático de piri-piri
- 4 c. sopa de açúcar baunilhado
Aquece o azeite em lume médio num tacho de fundo grosso. Junta o milho e tapa o tacho. Quando o milho começar a estoirar agita o tacho. Assim que deixares de ouvir o milho a estoirar desliga o lume, retira o testo e espalha o açúcar, misturando bem. Transfere as pipocas para uma taça grande e come-as ainda quentes.
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