O Miguel costumava apanhar santieiros (cogumelos selvagens comestíveis, designação científica Macrolepiota procera) quando andava no campo à caça, depois das primeiras chuvas. Como quem vai à despensa fomos ao campo, ver se apanhávamos alguns cogumelos para o jantar. De cestinho de verga na mão, lá iamos procurando, só que a procura não estava a correr bem. O tempo passava e a única coisa que tinhamos apanhado era erva-doce, com um cheiro maravilhoso. Mas, quando eu já pensava que iamos sair dali de mãos a abanar, o Miguel lá avistou um chapéu a espreitar pelo meio da erva, salvando assim o nosso jantar!
Já tinhamos cogumelos e erva-doce, faltava-nos um pedaço de carne, que fomos "caçar" à arca congeladora dos pais do Miguel, juntamente com mais uns cogumelos que o pai dele tinha apanhado na véspera! E foi assim que trouxemos o campo para a nossa mesa, neste pica-pau delicioso!
Para 4-6 pessoas
- 500 g de peito de frango
- sal
- 3 c. sopa de manteiga
- 1 c. chá alho em pó
- 1 c. sopa massa pimentão
- 3 c. sopa azeite
- 1 cebola picada
- 500 g de santieiros, limpos e grosseiramente cortados
- 1 copo de vinho branco
- piri-piri
- 1/2 pacote de polpa de tomate
- 1 c. sopa de maisena
- 2 c. sopa de erva-doce fresca
1. Corta o peito de frango em tiras pequenas e tempera com sal. Aquece a manteiga num wok e cozinha as tiras de carne. Cozinha durante dez minutos. Acrescenta o alho em pó e a massa pimentão. Cozinha até a carne começar a ficar caramelizada. Retira do wok e reserva.
2. Aquece o azeite no mesmo wok (sem o lavar) e aloura a cebola. Junta os cogumelos e salteia-os em lume médio durante cinco minutos. Acrescenta o vinho branco, o piri-piri e a polpa de tomate. Salteia durante mais dez minutos. Mistura a farinha maisena, usando um coador para não formar grumos.
3. Acrescenta a carne e cozinha durante mais cinco minutos. Retira do lume e mistura a erva-doce.
4. Serve quente, acompanhado por fatias de pão.
1 comentário:
Hoje também andei á caça dos santieiros, encontrei 5, embora se diz que se encontra sempre ao par... "onde está um, está o outro" era muito mato pelo meio e complicava encontrar o irmão:)
Felicito esta optima receita. Eu fiz e adorei... recomenda-se a quem aprecia santieiros.
Abraço e até breve
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