domingo, 31 de julho de 2011

Aldeia da Mata Pequena

Estávamos a precisar de passar uns dias num sítio onde pudéssemos não fazer nada e onde o tempo parasse... Encontrámos esse lugar na Aldeia da Mata Pequena, uma aldeia à moda de antigamente, onde o tempo andou para trás. Nestes dias só chegámos perto do fogão para fazer chá ou café e a nossa única preocupação foi garantir que os gatos que por ali andavam não entravam em casa ou levavam a comida…
Quem nos “contou” sobre esta aldeia perdida em Mafra foi a Evasões de Junho de 2011. Antes de te fazeres ao caminho confirma que tens tudo o que precisas para a estadia, pois assim que te tiveres instalado vais ter pouca vontade de sair! Para lá chegares o melhor é ignorares as novas tecnologias e apontares as indicações que vêm no site da aldeia. É preferível seguires indicações como “a seguir a um moinho vire à direita” do que colocar as coordenadas no GPS que te vai mandar para caminhos de cabras e de terra batida.
À chegada fomos recebidos pelo Diogo que nos falou da recuperação da aldeia e nos “abriu” a porta para a Casa do Feno. Mal atravessámos a porta de madeira ficámos apaixonados! A casa era simplesmente deliciosa e estava cheia de pormenores à espera de serem descobertos. Ali tínhamos tudo o que necessitávamos para uns dias desligados do Mundo e sem hora marcada para nada, nem sequer para o pequeno-almoço.
O primeiro dia amanheceu ligeiramente encoberto, mas isso não nos preocupou. Ainda em pijama tomámos o pequeno-almoço na varanda da casa e deliciámo-nos com o pão saloio, pendurado todos os dias na porta dentro de um saco de pano. Depois disso deixámo-nos estar na antiga eira a ler.
A aldeia disponibiliza muitas actividades, mas não aderimos a nenhuma delas. Não existiu vontade para nada, excepto para desfrutar da vista e ouvir o silêncio, apenas interrompido pelo cantar das carriças ou o zurrar dos burros. Houve um dia que iamos perdendo a cabeça e que quase cozinhámos. Levantámo-nos das espreguiçadeiras para ir fazer uma bruschetta de tomate cereja, só que o pão era tão saboroso que à medida que o fomos cortando em fatias também o fomos comendo…
No meio da nossa inércia conseguimos encontrar forças para fazer um pequeníssimo passeio pela aldeia e petiscar qualquer coisa na Tasca do Gil. A tasca fica logo no inicio da aldeia e pode ser um excelente aliado para quem não quer cozinhar. Também têm serviço de take way, para os que levam a preguiça mesmo a sério e cestos de piquenique.
Após estes dias perfeitos foi difícil vir embora. A tarefa de arrumar as malas que vieram com roupa que não chegou a ver a luz do dia e tirar do frigorífico os ingredientes que nunca viram o tacho foi quase penosa... Ficámos completamente enamorados e pretendemos voltar um dia a esta aldeia que não é nossa, mas nos faz sentir em casa!

domingo, 24 de julho de 2011

Sumo de Amoras Vermelhas

Sabe tão bem estar de FÉRIAS!!! Podermos acordar tarde, tomar o pequeno almoço descontraidamente no sofá, acompanhar momentos relaxantes com um sumo natural fresco, recordar o Tarzan na televisão e lembrar que amanhã não é dia de trabalho...

Para 2 copos
- 1 embalagem (125 g) de amoras vermelhas congeladas
- 1 banana
- 250 g de sumo de maçã

Num copo misturador tritura o sumo de maçã, a banana cortada em bocados e as amoras congeladas. Divide o sumo por dois copos e bebe fresco.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bolachas de Chocolate

Somos uns padrinhos desnaturados e só agora é que demos à nossa afilhada o folar deste ano e do ano passado. Diga-se a nosso favor que no ano passado, por altura da Páscoa, a G. estava do outro lado do Atlântico e por isso é que não teve o folar. O tempo foi passando e a certa altura decidimos acumular as prendas. Acho que ela não se chateou muito com isso, até porque assim parece que recebeu muitas prendas. Oferecemos um kit infantil para bolachas (com formas, rolo da massa, tabuleiro, etc.) que é uma fofura e um avental da Sushie Design que fez um sucesso. Equipados a rigor passámos um belo fim de tarde todos juntos na cozinha a fazer bolachas, que ficaram rústicas e um bocado amargas, mas que mesmo assim a G. achou que estavam muito boas (o bom de cozinhar com crianças é elas gostarem sempre daquilo que é feito por elas)!
Duas coisas contribuíram para o pequeno fracasso das bolachas. A primeira foi falha humana, usei cacau em pó em vez de chocolate em pó e a segunda foi culpa do material, a nossa balança, que é muito muito linda, não se dá bem com pesagens pequenas e mais precisas, por isso pode-se dar o caso de ter posto açúcar a menos e cacau a mais...

Apesar desse pequeno pormenor conseguimos atingir o objectivo que era passarmos juntos uma tarde divertida na cozinha a pesar os ingredientes, partir ovos e fazer bolinhas de chocolate. Depois de termos estado com as mãos na massa, ainda houve tempo para ouvir a "chuva" de peças do Master Mind a cair, "jogar" às cartas, mandar torres de paralelepípedos a baixo e brincar com bolas de sabão gigantes...  

Para cerca de 20 bolachas
- 50 g de açúcar em pó
- 150 g de manteiga, à temperatura ambiente
- 200 g de farinha
- 50 g de chocolate em pó
- 1 ovo

1. Pré-aquece o forno a 170ºC.

2. Numa taça junta o açúcar com a manteiga, cortada em pequenos pedaços. Bate bem até obteres um creme. Adiciona a farinha e o chocolate até obteres uma mistura homogénea. Por fim, junta o ovo, batendo sempre. Tapa a taça com película aderente e leva ao frigorífico durante 30 minutos ou até a massa estar dura.

3. Faz bolas com a massa e achata-as com as palmas da mão, formando bolachas. Distribui as bolachas por um tabuleiro de forno forrado com papel vegetal. Leva ao forno durante cerca de 15 minutos. Retirar do forno e deixar arrefecer as bolachas no tabuleiro.

domingo, 3 de julho de 2011

Feira do Mirtilo

Hoje foi o último dos três dias da Feira do Mirtilo, em Sever do Vouga. Era a nossa estreia na feira e íamos cheios de vontade de ver a chef Leonor de Sousa Bastos e comprar mirtilos para fazer umas experiências culinárias, mas a coisa não correu bem como nós tínhamos planeado.
Para começar, quando chegámos às 15h00 para assistir ao workshop da autora do Flagrante Delícia, na tenda estava um homem a fazer um caril de gambas. Poucos minutos depois chegou a desilusão, quando descobrimos que não ia haver nenhuma sobremesa espectacular feita pela chef Leonor. Desconfio que, apesar do nome dela constar do programa, ela nunca tenha estado para vir. No livro de receitas "Mirtilo à Mesa" não vem lá nenhuma receita dela e era suposto estarem lá todas as receitas apresentadas nos workshops realizados durante a feira. A fotografia dela também não aparecia no programa, tal como não aparecia o nome dela no placar com os workshops à entrada da tenda.
Deixámos a tenda e fomos dar uma volta pela feira. O Parque Urbano de Sever do Vouga é um espaço muito agradável, no entanto demasiado pequeno para tantos que se deslocaram no Domingo até à feira. Parecíamos formiguinhas num carreiro e não dava para ver nada... A maioria das estantes das barracas encontravam-se vazias e o tempo de espera nas filas era interminável e cheio de encontrões! Enquanto esperávamos na fila para provar uma fatia de tarte de mirtilos e morangos, estava lá um senhor há mais de meia hora à espera de broa e pães de mirtilo (os pães quentes eram deliciosos, já frios não tinham grande piada) e depois de nos virmos embora com 10 pães no saco e cada um com a sua fatia de tarte o senhor ainda lá ficou à espera da broa pelo menos mais outra meia hora.
Com a tarte já no papo regressámos à tenda dos workshops para assistir ao chef Gonçalo Costa a confeccionar duas versões dum "Magret de pato com foie gras e chutney de mirtilos". A primeira versão era com uma salada quente de rúcula e espargos e na segunta o magret de pato era acompanhado por uma salada fria de rúcula e espinafres. O Miguel provou e não achou nada de especial, mas talvez por não ser grande apreciador de foie gras.
No final do workshop ainda estava para vir a grande surpresa do dia... Fomos até à zona da venda de mirtilos e por inacreditável que pareça não havia mirtilos. Como é que é possível que se deixe acabar o ingrediente principal da feira?!?!?! Tristes lá viemos embora de copo de sumo de mirtilo na mão...  Fazendo um balanço, a feira tem todas as condições para ser um grande acontecimento mas para nós foi um fracasso...